A culpa é das estrelas - Comentário
Opinião crítica – A culpa é das estrelas.
Ser ou não ser modinha, eis a questão. Desde a popularização do termo “modinha” na internet, não nego, fui um usuário assíduo do mesmo. Penso que realmente existem pessoas que não têm autonomia pra decidir se algo lhe agrada ou não. Assim como nos outros meios de comunicação, a literatura também tem os seus privilegiados. A culpa é das estrelas, abreviado em ACEDE, é um dos livros que caíram no gosto popular em escala internacional. É difícil não pensar que muitos dos que compraram/leram o fizeram pela influência das massas. Isso acontece justamente porque é difícil imaginar que todos os milhões que endeusam o livro são peritos ou experts literários. Não são. Então, antes de discorrer sobre o livro, gostaria de deixar claro que, pra mim ele é modinha sim! Agora, livro modinha tem que ser ruim? Não! E ACEDE prova isso de forma magistral. A narrativa em primeira pessoa dá espaço pra explorar o pensamento do protagonista, o sarcasmo de todos (isso mesmo, todo mundo é sarcástico nesse livro) dá a graça da história, e o câncer pesa pro lado sentimental. O livro é um romance, e daqueles romances bem romances mesmo, a la anos 50, onde na primeira vez que se viram, os dois pombinhos sentiram uma paixão louca, e nada e ninguém iria romper esse laço. Romance não é meu gênero preferido, e por isso, nunca li os livros do Sparks, embora assista aos filmes. ACEDE é um livro de romance, com detalhes que o diferenciam, como o óbvio câncer. Com essa conclusão, não me sinto no direito de opinar se é uma história boa ou não, já que eu não sou um autoproclamado perito em livros de romance. No mais, o livro é muito bem construído, a protagonista é desprezível – acho que a intenção do Jhon Green era que ela fosse mesmo, por isso coloco como ponto positivo - , o interesse romântico é descrito por ela como um deus grego cotó e o câncer está presente a todo momento. Como ele fez pra que o “Ok, ok” entupisse minha timeline do facebook, não sei. Para um arremate, ACEDE é modinha, tem mais fama do que precisa, não mais do que merece, porque no ramo literário todo reconhecimento é merecido.
